Patrão da VW: "Tudo o que a Tesla fizer nós fazemos melhor"

"Tudo o que a Tesla fizer, nós fazemos melhor". É desta forma optimista que Herbert Diess, CEO da Volkswagen, vê a "rival" norte-americana e o futuro da estratégia de mobilidade eléctrica da marca de Wolfsburgo.

Referindo-se obviamente ao mercado dos eléctricos, onde a Tesla se tem vindo a afirmar como uma marca de referência, o patrão da VW focou-se na estratégia "Tranform 2025+", um plano definido depois do escândalo Dieselgate e que prevê que a fabricante de Wolfsburgo lance até 30 modelos eléctricos na próxima década com o objectivo de se afirmar como líder mundial no que à mobilidade eléctrica diz respeito.

Ainda assim, e apesar de já ter apresentado três concepts que estarão na origem de modelos de produção eléctricos, a Volkswagen só vai estrar "com tudo" no mercado dos eléctricos a partir de 2019 ou 2020 e espera atingir a marca de um milhão de eléctricos vendidos por ano em 2025.

"Estamos confiantes que neste novo mundo, nós vamos ser líderes de mercado", atirou Herbert Diess. E de facto ninguém tem dúvidas que isso possa de facto acontecer, a questão é que a Tesla definiu a barreira do milhão de unidades vendidas anuais para 2020… cinco anos antes da Volkswagen.

Ainda assim, este eventual "atraso" não assusta Diess, que como começámos por dizer deixou um aviso sério à empresa fundada por Elon Musk: "Tudo o que a Tesla fizer, nós fazemos melhor".

É certo que só o tempo provará quem tem razão, mas pelo menos no que toca a custos é seguro afirmar que a Volkswagen está a ganhar esta "corrida". Tudo graças às suas plataformas modulares MQB e MEB, feitas precisamente a pensar nos modelos eléctricos. E o motivo é simples: estas plataformas serão usadas por um grande número de modelos e marcas o que permitirá distribuir os custos. Ao contrário da Tesla, que desde o seu "nascimento" se posicionou no segmento premium, e só agora, com o lançamento do Model 3 – terá um custo de 35 mil dólares -, vai conseguir chegar a um leque de clientes mais vasto.

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[A Tesla] é um concorrente que levamos a sério. A Tesla vem de um segmento elevado, no entanto, estão a descer de segmento. É a nossa ambição, com a nossa nova plataforma de pará-los aí, de controlá-los", afirmou Herbert Diess.

Por fim, Diess, citado pelo "Automotive News", acredita que grande parte da "luta" com a Tesla vai depender da "performance" de ambas as marcas na China, mercado onde se espera que em 2020 as vendas estimadas sejam de dois milhões de eléctricos e híbridos plug-in por ano e seis milhões em 2025.

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